Anna, Thaís, Aléxia e Francini compartilham experiências sobre estágios e como atuam nos cargos hoje em dia
Por Guilherme Nery (5º período) e
Guilherme Monteiro (5º período)
Durante a Semana Nacional de Jornalismo 2021 da Estácio, com o tema ‘A Desinformação na Era da Informação’, palestras via Teams e oficinas presenciais foram organizadas com egressos, professores e jornalistas de mercado para discutir o tema sob diferentes ângulos.
Convidadas para o
bate-papo, as pratas da casa Anna Beatriz Lourenço e Thaís Santos
Hibisco discutiram sobre estágios, diferentes ambientes de trabalho, como
lidar com a pressão no jornalismo e, acima de tudo, suas próprias experiências.
Anna e Thaís incentivam os alunos a
buscarem metas e terem paciência com os muitos processos seletivos para estágio
Anna Beatriz entende como é importante ser multitarefas no jornalismo atual. Como repórter de vídeo, ela vive na prática esse momento da profissão: “Faz de tudo. Tem que carregar uma mochila enorme com um tripé para pôr o celular, tem que pegar transporte correndo. É sofrido (risos)”, disse a repórter da TV Globo. Ela afirma que chegar ao mercado sabendo um pouco de edição de vídeo também é um grande diferencial na carreira.
Thaís Santos é
assessora de imprensa do Ministério Público do Rio de Janeiro e contextualiza
seu trabalho como algo que passa por várias mãos: “A liberação de um
release para a imprensa precisa ter a aprovação dos procuradores”, relata. Funções
como clipagem e produção de textos são outras atividades frequentes da assessoria,
onde a ex-aluna da Estácio diz ter se encontrado, após entrar na
universidade com olhares apenas para o telejornalismo: “Eu tentei ser
repórter e fiz de tudo pra isso, mas foi ali que eu me encontrei, foi
ali que eu tive certeza que queria fazer isso”, finaliza.
O networking,
na visão das entrevistadas, é um dos pontos cruciais na atuação do profissional
de comunicação. As palestrantes trouxeram dicas para se manter ativo(a) no
mercado: “Sempre se informe, nem que você leia um pedaço de matéria
na internet ou veja uns minutos do noticiário da TV”, diz Thaís.
Além disso, a troca de conhecimento, aprendendo com colegas mais experientes no
mercado, fez com que as duas crescessem em suas carreiras.
Por fim, as profissionais
afirmaram o quão importante é atuar como um estagiário voluntário
em busca de experiência para o currículo, principalmente atuando dentro da
própria faculdade, como a Central de Jornalismo da Estácio Madureira
propõe: “A CJ é tudo de bom! Não deixem de fazer parte dela para aprenderem
o máximo possível, porque o mercado exige e exige muito da gente”,
pontua Anna. “Na CJ eu consegui fazer muitos contatos que me levantaram
para o meu primeiro estágio. É muito importante esse crescimento em equipe,
principalmente para fazer a sua network”, finaliza Thaís.
No período da noite, o professor
de jornalismo, Paulo Madureira, mediou a conversa com Aléxia
de Sousa, repórter e âncora da Rádio CBN e Francini Augusto,
repórter e apresentadora na Band News FM e TV Band Rio. As
jornalistas compartilharam as jornadas da faculdade ao mercado de trabalho,
todas as dificuldades que encontraram e os melhores momentos dos respectivos
cargos.
Aléxia de Sousa e Francini Augusto valorizam
a busca de conhecimento jornalístico além da faculdade com cursos à parte
Aléxia de
Sousa trata o jornalismo como algo muito intenso para ela, já tendo ingressado
na faculdade com prévio conhecimento do que queria fazer: “Eu entrei
na faculdade já sabendo que queria fazer jornalismo. Estava certa disso!”,
conta. Durante as experiências profissionais, ela reafirma o valor dos cursos
técnicos, como o de edição de vídeo, essencial durante o trabalho
na Globo News. O estágio na Prefeitura de Nova Iguaçu a ajudou
durante uma cobertura política pela Rádio CBN: “Por trabalhar lá eu
consegui fontes bem específicas e com mais facilidade”, afirma. A
repórter reforça a importância da participação de todos os alunos nos eventos
promovidos pela Estácio, a Central de Jornalismo e as
antigas SECOM (atual Semana Nacional de Jornalismo), onde há a
potencialização do networking e de viver na prática o jornalismo: “Foi
nos eventos da faculdade que eu conheci muita gente, fiz muitos contatos. É
super importante!”, finaliza Aléxia.
Francini Augusto,
apesar do início tardio na faculdade de jornalismo, reforça que nunca é
tarde para aprender. As experiências na assessoria de comunicação do Banco
do Brasil e no Jornal São Gonçalo foram escolas na formação
profissional. Nestes cargos, aprendeu a realizar atividades importantes da área,
como realizar rondas, aprofundar sua visão jornalística e começar a criar sua
agenda de fontes: “Eu ligava o tempo todo para as delegacias, ao ponto de
até reconhecerem minha voz (risos). Sempre procurando algo para noticiar”,
finaliza Francini.
Aléxia
e Francini agradecem ao professor Paulo Madureira por todo o apoio e
reconhecimento que tiveram na faculdade
As ‘Fake News’
foram tema de discussão, com Aléxia afirmando que esse fenômeno não é de
hoje: "Desde o Obama isso existe". Para Francini, o
jornalista precisa sempre ser persistente na apuração por informações
verdadeiras: “Tem que ser chato, tem que correr atrás da verdade, mesmo
que todos passem a te odiar”, pontua.
As jornalistas da CBN
e da Band News finalizam respondendo perguntas dos alunos e destacam que
não há uma mídia em específico para começar a praticar. Experiências com
as mídias independentes são bastante válidas, mas com ressalvas para não
pender para o sensacionalismo, sempre praticando o fact-checking
para uma apuração adequada e necessária.