ESTÁCIOTECA: PROJETO DIGITAL EXPANDE BRINQUEDOTECA DURANTE A PANDEMIA

Modelo remoto faz parte do estágio dos alunos do curso de Pedagogia.

Por Guilherme Nery – 5º período

Estácioteca – Foto: Divulgação

Iniciada em 2013 como um laboratório de aprendizagem para os alunos do curso de Pedagogia, a brinquedoteca da unidade Madureira, da universidade Estácio de Sá, foi organizada pela coordenadora Débora Barreiros e construída como um trabalho pelas disciplinas Conteúdo e Metodologia de Educação Infantil e Conteúdo e Metodologia do Ensino de Artes.

Lojas concretizaram parcerias e fizeram doações de brinquedos e materiais conforme o projeto crescia e se tornava oficial. Em 2017, a brinquedoteca retomava as atividades após uma longa pausa por interferências estruturais na sala onde ficava, na unidade Madureira. O retorno só foi possível através de doações de materiais, mobília e brinquedos pela universidade e pelos alunos e professores, que passaram a usar de um espaço novo adaptado.


Débora Barreiros e Gabriela Miceli são as principais responsáveis pela Estácioteca

Durante a pandemia da Covid-19, em 2020, todas as instituições públicas e privadas de ensino tiveram suas aulas interrompidas ou virtualizadas, por transmissões ao vivo. As coordenadoras Débora Barreiros e Gabriela Miceli, das unidades de Madureira e Ilha da Estácio de Sá, revisaram o funcionamento da brinquedoteca e adotaram o modelo digital. O projeto virtualizado recebe o nome de Estácioteca: “O projeto foi repensado e fizemos as modificações para trabalhar todos os estágios com base nos recursos tecnológicos”, pontua Débora, coordenadora de Pedagogia da Estácio Madureira.

A virtualização do projeto, além de unir as unidades de Madureira e Ilha sob um único trabalho, contribuiu para a conclusão de estágios dos alunos de Pedagogia de forma remota: “A ideia da parceria surgiu porque já fazíamos atividades complementares juntas. A gente achou que ia dar certo, e realmente deu muito certo. Tava todo mundo online e funcionou muito!”, explica Gabriela, coordenadora de Pedagogia da Estácio Ilha.


Mikaella Nogueira, Hellen dos Santos, Fernanda de Andrade e Beatriz Gonçalves são algumas das estagiárias da Estácioteca

Com o trabalho virtual, foi estabelecido um treinamento em edição de vídeos, imagens e administração de mídias sociais. Algumas estagiárias descobriram gostos pelo processo: “Sem dúvida o que eu mais gosto é da parte dos desafios, é a parte de entrar de cabeça numa coisa nova, numa coisa que vimos pouco no decorrer da nossa formação como pedagogo”, aponta Hellen de Toledo dos Santos Silva (7º período). “Trabalhar com outras pessoas que talvez não tenham uma boa reação com a internet se torna também outro desafio bem legal”, conclui uma das atuais gestoras da Estácioteca.

Grande parte dos alunos brasileiros, principalmente as crianças, não são frequentes com o aprendizado online, podendo resultar em baixo rendimento no ensino digital. Para Mikaella Nogueira (último período), o fator ‘engajamento’ é crucial no atual formato. “A Estácioteca é um projeto tão colossal e importante que não deveria estar na ‘sombra’, então corremos atrás, diariamente, inclusive com nossos perfis pessoais, para trazer tal reconhecimento e vejo que vem dado certo!”, finaliza.

A principal função da Estácioteca é permitir que os alunos de Pedagogia possam pôr em prática o que aprendem e de forma complementar. Ao lidarem com crianças de até 10 anos de idade, eles ensinam e aprendem juntos: “O EAD abriu muito os nossos horizontes, até mesmo para trabalhar com as crianças. É uma ferramenta que nós vamos ter que adequar com as crianças no cotidiano. Então teve uma grande importância, uma grande valia no meu currículo como profissional”, afirma Beatriz Gonçalves (7º período).

“Além de todo o aprendizado adquirido, que eu não teria em uma escola, classifico como de grande importância essa experiência, com a tecnologia, poder promover atividades lúdicas e desenvolver competências como futura pedagoga”, diz Fernanda de Andrade (6º período), atual gestora líder do projeto.

Antes da pandemia, a brinquedoteca costumava acolher cerca de 200 crianças por mês enquanto as mães e os pais iam para as salas de aula da universidade. A colaboração com a inclusão feminina nas universidades têm sido o fator de destaque da ação coletiva: “O projeto da Brinquedoteca (presencial) é um projeto de inclusão da mulher na Universidade, considerando que muitas mulheres optam por não cursar o Ensino Superior quando possuem filhos pequenos ou quando engravidam em meio ao curso”, diz a coordenadora Débora Barreiros. “Ter um espaço em que possam deixar seus filhos enquanto estão em sala de aula é uma forma de garantir a permanência do aluno na Universidade. Inclusive, a Brinquedoteca faz parte do projeto de política de acolhimento e assistência estudantil”, finaliza.

Com a alta taxa de vacinação entre todas as idades e com a pandemia mais controlada, a Estácioteca se divide entre o retorno presencial e o ensino digital. Segundo Débora, tudo está sendo planejado e revisado: “Todo semestre reavaliamos o projeto e fazemos as alterações. O projeto é coordenado por nós, mas pensado e vivenciado de forma colaborativa junto com todos os alunos/estagiários”, conclui a coordenadora de Madureira.

“Buscamos sempre voltar à presencialidade, mas a Estácioteca vai continuar funcionando nas plataformas para aqueles alunos que estão com dificuldades por conta da pandemia. Vamos tentar ajudar a todos e todas!”, finaliza Gabriela Miceli, coordenadora da Ilha.



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