A novidade aos beneficiários do INSS foi anunciada em 3 de fevereiro deste ano.
Por: João Gimene (sexto período)
A presidência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) publicou no dia 3 de fevereiro deste ano algumas mudanças em relação à prova de vida, e uma dessas novidades é de que o voto será um dos meios para comprovação do benefício. Com a suspensão da prova de vida até dezembro de 2022, em virtude da pandemia, a medida começará a valer a partir de 2023.
Antes, os aposentados e pensionistas tinham que comparecer presencialmente ao banco e fazer a biometria, além de levar um documento com foto e o cartão de débito ou realizarem a biometria facial pelo aplicativo Meu INSS para receberem os pagamentos. Apesar da novidade, se o segurado desejar fazer como antigamente, ainda poderá ser feito. No novo modelo adotado pelo INSS, a realização será automática e por meio do cruzamento de informações em base de dados de órgãos federais, estaduais e municipais. Além do comprovante do voto, valerá como como prova de vida por exemplo, comprovante de vacinação, consulta pelo SUS, emissão de passaporte, emissão de carteira de identidade e renovação de carteira de motorista.
Mesmo com a suspensão temporária da prova de vida, o efeito da decisão tomada pelo INSS já foi sentido, visto que os eleitores de 70 anos ou mais cresceram, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No primeiro turno das eleições desse ano, um pouco mais de 6,1 milhões de idosos foram às urnas, enquanto em 2018 tivemos um pouco menos de 4,5 milhões também no primeiro turno, um aumento de 36%.
Três pessoas da mesma geração e também da mesma idade (72), deram suas versões a respeito da mudança. Para Osvaldo Sobrinho, morador de Magalhães Bastos, foi uma boa mudança e também serve como incentivo para exercer o direito de cidadão.
- “Sinceramente eu acho que o comprovante da pessoa com certeza foi boa, se ela votou é uma prova de vida concreta. E também para incentivar as eleições, eu concordo que seja um incentivo [...] pra mim eu achei ótimo porque me evita de ir lá no banco fazer a prova de vida”– complementou Osvaldo
Vera Lúcia, também de Magalhães Bastos, não gostou das alterações. “Eu acho que não foi bom sabe porque, nem todos os idosos vão pra lá votar. Tu acha que aqueles idosos em cadeira de rodas que estão doentes vão pra lá votar só pra fazer prova de vida? Vai não, isso é pra fazer os idosos sair pra ir votar, mas não vai não. Eu prefiro ir no banco continuar fazendo minha prova de vida como eu sempre fiz – concluiu a beneficiária do INSS
Por fim, ela diz não votar mais por dores na lombar e que também não confia mais nos políticos brasileiros
- “Eu que tá todo mundo desiludido já com esse negócio de eleição aqui no Brasil, porque a gente não dá sorte, eles não querem dirigir o país direito. A gente precisa de um presidente que cuide do Brasil, não que vão pra lá fazer com que estão fazendo” – finalizou Vera
Antônio Costa Barros, morador do Méier, declarou que a mudança do INSS foi positiva.
- “Ótima. Ainda é um bom estímulo, porque evita uma visita ao banco só para fazer a prova de vida’. Apesar de elogiar a mudança, Antônio fez questão de ressaltar outro motivo para o aumento no eleitorado mais velho. Foi um acerto, porém creio que os idosos tiveram outros motivos, como por exemplo defender suas posições políticas” - afirmou Antônio.
Mesmo com o voto facultativo, Antônio acredita que será uma tendência a maior participação dos idosos nas eleições. ‘Creio que sim, e também com qualquer resultado que der’.