Outubro Rosa, um ato de carinho e autocuidado

Outubro é o mês de prevenção e combate ao câncer de mama. Foto: Vanessa Sabino

Saiba mais sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama

Por Vanessa Sabino ( 2º período)

O Outubro Rosa é uma data criada com o objetivo de promover a conscientização no combate ao câncer de mama, compartilhar informações e incentivar mulheres a fazer o autoexame, um pequeno gesto que pode ajudar a salvar vidas. A data corre anualmente e vem se realizando desde os anos 90. 

Segundo informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer), um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. As chances de cura, se detectado logo no início, são de 95%. 

A doença ocorre com mais frequência em mulheres com idade a partir dos 50 anos, porém, apesar da incidência em mulheres jovens ser rara, não significa que essas não devem se preocupar com exames.  

 

A assistente social aposentada Cely Rejane Rodrigues de M. Ribeiro, 60 anos, passou por um câncer de mama e nos conta como foi a luta pela cura:

 

“Seis meses antes, eu tinha feito (o autoexame) e não tinha dado nada. Eu estava super bem, sem problema nenhum. Passaram seis meses e já era a época de eu fazer os exames de novo. A gente tem que fazer mesmo, porque é muito importante. E teve esse incidente do ônibus. E sem deixar de falar que já tenho histórico dessa doença na família.

Fiz e a médica falou que estava vendo alguma coisa que não estava agradando e pediu que eu fizesse a biópsia para checar. E acusou [na biópsia] que era maligno [o tumor] e que eu tinha que fazer a cirurgia. Eu fiquei desesperada. Corri atrás, fiquei preocupada, bateu um desespero. Na hora a gente não tem noção. A gente vê tanta gente passando [por isso] e eu sempre fui de estar do lado, de dar muita força pra quem estava passando por esse tipo de problema. A gente não espera que vai acontecer com a gente. Eu me tratei no INCA. Dez anos depois é que eu tive alta”.

 

Questionada se teve um bom tratamento no INCA, Cely afirma que recebeu apoio da instituição que havia uma boa infraestrutura.

 

Perguntamos como foi o processo de tratamento contra o câncer de mama e, Cely nos contou que, na época, demorou um pouco pra conseguir a cirurgia, mas, quando conseguiu, todo o procedimento foi rápido. Porém, hoje em dia o tratamento é feito primeiro com foco na diminuição do tumor através de medicamentos e depois, se necessário, ocorre a cirurgia.

 

A ex-assistente social relata que sempre acreditou que o tratamento ia dar certo, mas que às vezes sofria com questões emocionais causadas pelos efeitos colaterais da medicação e de onde tirou forças e apoio para passar por tudo isso:

Além de apoio, carinho e das pessoas que te rodeiam eu te digo: o mais importante é você querer! Porque se você se entregar, você 'vai embora'”.

 

Ela ressalta que, apesar dos momentos de fragilidade e dos efeitos físicos, procurava levar uma vida normal:

“Eu saía, colocava lencinho na cabeça, me maquiava. Os cuidados comigo mesma eram totalmente diferentes. Fazia sempre o que o médico mandava. Só não voltei a trabalhar na época, porque eu tive muito medo de acontecer alguma coisa no ônibus, conforme contei no início. Três anos depois da cirurgia, meu cabelo já voltou a crescer, eu já ajudava aqui [no bar da família onde foi feita a entrevista]”. 

 

E Cely encerra a entrevista dando um conselho para muitas mulheres que não gostam de falar sobre esse assunto e que ainda não se conscientizaram para a prevenção do câncer de mama:

Tem gente que não fala nem o nome da doença. Eu digo para nunca deixarem de fazer o autoexame. Isso é muito importante. De seis em seis meses procurar o seu ginecologista, mesmo mulheres novinhas. Eu tenho uma filha de 26 anos e ela já se cuida, principalmente porque ela tem esse histórico na família. 

Se por acaso você descobrir que tem essa doença, isso não significa que é a morte. A morte é você não cuidar, é você não gostar de si próprio e deixar pra lá. Procurem seu médico de confiança”.

Ainda segundo informações do INCA, o tratamento da doença pode ser feito através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade.

O site da instituição disponibiliza uma cartilha detalhada com resposta às principais dúvidas sobre o câncer de mama e informando aspectos importantes sobre o tema. Para saber mais, clique em Câncer de mama: vamos falar sobre isso? | INCA - Instituto Nacional de Câncer 

O Outubro Rosa também traz algo que já virou marca registrada: a iluminação em rosa de diversos pontos turísticos pelo Brasil, como por exemplo, o Cristo Redentor aqui no Rio de Janeiro, que dura o mês inteiro.

Além do foco no incentivo a exames preventivos para diagnóstico dessa doença, ocorre no geral uma campanha em prol de assuntos ligados à saúde da mulher. 

A ação teve início no dia 1º de outubro e vai até o dia 31 de outubro. No Brasil inteiro ocorrem eventos realizados por órgãos públicos e empresas privadas onde são oferecidas mamografias gratuitas, consultas com profissionais das áreas de ginecologia e mastologia, entre outros exames, incentivos e palestras. 

Confira a programação de ações da campanha, no site do Inca: 

Outubro Rosa | INCA - Instituto Nacional de Câncer 

 

  

Pesquisa: 

Outubro Rosa 2022 | Programação Completa da Campanha (eventos20.com.br) acesso em 28 de setembro de 2022 às 21:03h 

Outubro Rosa | INCA - Instituto Nacional de Câncer acesso em 27 de setembro de 2022 às 22:17h



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