Diante de falhas no comando e muita desorganização, o futebol no Brasil está se tornando uma bagunça
Por Gustavo Mentor
Desorganização
com a volta do público, principal entidade relacionada ao futebol no país sem
um presidente e calendário mal organizado. Esses são só alguns dos problemas
que permeiam o futebol brasileiro. Depois do escândalo na CBF, e a acusação do
até então presidente Rogerio Caboclo de assédio sexual e moral, começaram a
ficar explícitas algumas falhas no futebol.
O
futebol no Brasil deixa a desejar dentro e fora de campo, e isso acontece muito
pelo que se vê na administração desse esporte. A começar pelo calendário.
Existem falhas na organização de campeonatos quanto a datas. É visível o baixo
rendimento de alguns jogadores e a constante ocorrência de lesões a partir da
definição de um calendário onde se disputam partidas de janeiro a dezembro, com
jogos toda quarta-feira e domingo. O corpo humano, mesmo de um atleta, denota
tempo hábil para recuperação. Por vezes, já ocorreu até a quebra de protocolo
de intervalo mínimo entre partidas, que é de 72 horas.
Outro
flagrante problema é a questão da volta do público aos estádios, diante da
queda do número de casos de covid 19 e da redução do número de internações. A
final da última libertadores da américa, entre santos e palmeiras, no Maracanã,
foi um exemplo do que pode ser tornar inviável, pelo menos até o país obter
números significativos na campanha de vacinação. Na ocasião, a conmebol liberou
7.800 pessoas para presenciar o jogo dentro do estádio. Mas o que se viu foi
muita aglomeração, má distribuição dentro dos setores do estádio e pouquíssimas
pessoas usando máscara. A volta da torcida aos estádios tem que ser bem
executada, pois trata-se de um meio expositivo para o vírus, que ainda não está
totalmente controlado.
Foto: Jorge Rodrigues/Agência Estado
O
fato que mais choca dentro de toda essa desorganização do futebol brasileiro é
o afastamento do até então presidente da CBF, Rogério Caboclo, em meio a
denúncias de assédio contra uma funcionária. O histórico dos presidentes da CBF
não é nem um pouco animador, tendo em vista que três dos últimos não terminaram
os respectivos mandatos. Um deles, inclusive, veio até ser preso
posteriormente. Essas falhas no comando influenciam diretamente na alçada
esportiva no Brasil, pois com a falta de uma autoridade maior, os clubes e
dirigentes ficam sem ter a quem recorrer quando é notada uma falha no
gerenciamento do esporte. Aliado a isso, temos o fato de a CBF perder prestígio
no cenário internacional.
Foto: Reprodução/Twitter