O Pix começou a ser uma novidade em território nacional no ano de 2020.
Por Katharyne Guimarães Pereira; João Gimene e Pedro Santos
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Yuri Gonçalves, gerente de relacionamento personnalité, do banco Itaú, revela as praticidades do pagamento via pix no Brasil. (FOTO: Arquivo Pessoal / Yuri Gonçalves)
Para o gerente de relacionamento personnalité, do Itaú, Yuri Gonçalves, o PIX tem como positivo a praticidade e o custo. - “Diferente do TED e do DOC, que eram caros, antigamente uma pessoa gastava R$13,00 em uma tarifa avulsa de uma TED. O Pix você consegue a transferência a um custo zero tanto para a instituição que é um custo muito baixo, quanto para a pessoa, fez essa popularidade crescer muito rápido” – revelou Yuri Gonçalves | |  |
Ele reconhece que as fraudes são uns problemas para o Pix, porém cita o WhatsApp como exemplo positivo.
- De fato, as fraudes aumentaram muito, mas eu vejo que tudo o que é muito popular tem muita fraude, o WhatsApp é um grande exemplo disso, é uma ferramenta que quase todo mundo usa e hoje em dia quase não tem mais golpes. Eu vejo que muita gente ainda tem muito medo de pix. Eu como gerente e vejo isso literalmente com os meus clientes, ainda mais os mais velhos que não conseguem ter a segurança - acrescentou o funcionário do Itaú
Para Yuri, o novo método de pagamento não ameaça os bancos tradicionais e que os bancos digitais não vão coexistir sozinhos.
- Os bancos tradicionais estão usando sua estrutura e sua amplitude eu acho muito a seu favor, você tá com problema no seu Pix? Tá bom, você vai na nossa agência que a gente vai fazer isso, enquanto os bancos digitais não tem muito disso. No momento que eles se adaptam (bancos tradicionais), eu sinto que as pessoas se sentem muito mais seguras no Santander do que no Nubank - complementou o gerente de relacionamento
A opção de PIX internacional aqui no Brasil só entrará em vigor em 2023. Yuri explica a diferença para a forma de pagamento doméstica e futuramente a internacional.
-“Quem hoje usa o modelo swift de transferência, ele é caro, pouco acessível e muito burocrático. Eu acredito que com o pix internacional isso vai se tornar muito mais fácil e vai causar um rebuliço no mercado. Então o pix internacional ele pode revolucionar essa questão de mercado exterior e eu vejo isso com bons olhos porque você vai poder ter uma remessa de câmbio muito mais fácil, mas acredito que ainda que não vai ser uma coisa menos burocrática. ”
O dinheiro físico vem perdendo cada vez mais espaço na carteira nos brasileiros, dando lugar a cartões de crédito, débito e agora ao pix sem pagamento de taxa na transferência. Yuri explica como o cenário do dinheiro físico, com cada vez mais inovações nas formas de pagamentos, pode ter menos relevância num futuro próximo.
-“O dinheiro físico ainda é muito importante para muitas pessoas. O governo lançou uma nota de duzentos reais para facilitar os processos de dinheiro em espécie. Mas é cada vez mais comum as pessoas perguntarem se as pessoas aceitam pix e as pessoas não aceitarem, apenas dinheiro. Eu projeto que de fato no futuro a gente vai ter outras formas de pagamento. As blockchains de criptoativos, não que sejam o futuro, mas a gente vai acabando com o dinheiro físico com um país que tem muitas parceiras econômicas, como a china. Não se usa mais tanto dinheiro lá, tudo é pago no aplicativo. Então eu acredito que iremos passar por esse processo. O dinheiro é caro de produzir, as pessoas roubam, tem um custo de manutenção, custos com carro forte, então os bancos estão cada vez mais fomentando seus clientes a usar o pix.”