Ainda não existe método preventivo para perda de cabelos
Por Caio Cavalcante - 4º período
Por Caio Cavalcante - 4º período
A calvície, ou alopécia androgenética, é um dos principais tipos de alopécia, distúrbio que causa a perda de cabelos ou pêlos, geralmente no couro cabeludo. A produção de testosterona, hormônio sexual masculino, está diretamente ligada a esse problema. Por isso, os casos de calvície em mulheres são raros, e quando ocorrem a queda de cabelo não é tão grande.
Com o passar do tempo, os homens ficaram mais vaidosos e dando mais importância à beleza pessoal. Seja com o uso de cremes, depilação e com os cortes de cabelo. Porém, não é todo homem que tem o “privilégio” de mudar o penteado e isso acaba resultando numa autoestima baixa.
Um desses casos é o do publicitário, Alan Maia: "Na adolescência sofria por conta disso, autoestima baixa. Sempre que me chamavam para sair eu perguntava se podia ir de boné, pra esconder a careca”. Maia ainda diz que começou a perder cabelo muito jovem: “Comecei a ficar careca com uns 13,14 anos. Eu sempre tive problema com isso, porque os jovens da época faziam cortes maneiros e eu de boné”.
Alan começou a sofrer desde cedo com a calvície. Foto: Arquivo Pessoal |
Porém, com o tempo, Alan foi recuperando a autoestima, passou a raspar o cabelo e diz que foi uma liberdade psicológica. “Hoje em dia sou careca assumido, dá zero trabalho, gasto pouco dinheiro com barbeiro”, afirma o publicitário.
Não são todos que se conformam com a calvície, uma dessas pessoas é Felipe Tavares. O jovem já procurou auxílio médico e iniciou um tratamento de finasterida com minoxidil, mas a falta de regularidade não trouxe resultados significativos. “Eu enfrentava de maneira leve a calvície, não tinha crises graves de autoestima, mas me incomodava em fotos. Para compensar isso, me dediquei à academia e deixei a barba crescer”, afirma Felipe, que diz que ainda pretende voltar a fazer um tratamento.
Felipe Tavares já tentou tratamento médico contra a calvície. Foto: Arquivo Pessoal |
O dermatologista Hugo Scotelaro, explica o motivo de alguns homens serem carecas e outros não: “Costumo dizer, que todos os homens sofrerão com algum grau de Alopecia Androgenética, a calvície, e a intensidade do quadro será definida pela genética de cada um. Ainda não existe consenso na literatura médica se fatores ambientais influenciam ou não no desenvolvimento do quadro (obesidade, sedentarismo, cigarro, alimentação, etc.)”.
Para Hugo Scotelaro, o grau de calvície depende da genética. Foto: Arquivo Pessoal |
Scotelaro também diz que não há nenhuma mudança comportamental baseada em estudos científicos para prevenir a calvície e que é importante buscar atendimento com um médico dermatologista ao perceber a perda ou diminuição do volume dos cabelos. Para o médico, o tratamento precoce pode ajudar a desacelerar, ao menos parcialmente, o processo de afinamento dos fios.
Sobre o uso de minoxidil, medicamento que estimula o crescimento capilar, o dermatologista diz que é seguro, desde que tenha indicação médica: “É considerado seguro, com baixos índices de efeitos colaterais, sendo o principal irritação ou alergia de contato. Contudo, hoje observamos um uso indiscriminado deste remédio sem prescrição médica. Eu considero temerário, pois sem a correta avaliação e indicação pode mascarar algumas patologias além de atrasar o tratamento”.