Serviços de streaming dominam as telas na pandemia

 As casas viraram o novo cinema? Parece que sim. Segundo pesquisa da Sherlock Communications, 43% dos brasileiros disseram que o streaming ajudou na quarentena

Por: Ingrid Ferraz e Luiza Lacerda


(GIF: Giphy | Reprodução)

Escurinho do cinema, poltronas confortáveis, aglomeração nos lançamentos dos filmes e os combos de pipoca (mais caros que os ingressos), deixaram de ser uma realidade e a população acabou direcionando o amor por filmes para as assinaturas de streaming de vídeo.

Com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas, no Brasil e no mundo, viram nas plataformas, como Netflix, Amazon Prime, Globoplay, Telecine Play e Disney+, uma forma de refúgio neste momento de isolamento social, em que as casas se transformaram em lugar de trabalho, estudo e lazer.

De acordo com pesquisas e dados exclusivos da Sherlock Communications, em relação às preferências de streaming de vídeo e comportamentos de consumo na América Latina, o estudo “Mercado, consumo e diversidade em serviços de Streaming de vídeo na América Latina” mostrou que, principalmente no Brasil, 43% dos entrevistados descreveram as novas assinaturas como um meio de enfrentamento durante o período de quarentena, em comparação com 33%, no México, e 31%, no Peru.

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Essa demanda durante a pandemia provocou um aumento no consumo desses serviços audiovisuais e uma maior concorrência entre eles para conseguir espaço nesse segmento no ano de 2020. O ano de 2021 não está muito atrás, já que para complementar essa lista está prevista a vinda de HBO Max, ViacomCBS e Hulu.

A Warner Bros anunciou que todos os longas que estrearem nos cinemas ao longo de 2021 serão disponibilizados simultaneamente no HBO Max. Seguindo o exemplo do estúdio a Disney+ vai lançar os filmes Viúva Negra e Cruella nas telonas e na plataforma, contudo para assistir será necessário pagar o Premier Access, com taxa de R$ 69,00.

“Acho legal a ideia de alguns filmes terem lançamento simultâneo nos cinemas e nas plataformas, porque as pessoas têm que ter o poder de escolha, afinal de contas nós pagamos as mensalidades. Uso principalmente o Amazon Prime Video, Netflix e Disney +, mas pretendo assinar o HBO Max, porque é muito legal ver as concorrentes fortes oferecendo mais filmes e séries”, comenta Dimas Cássio, produtor de conteúdo digital. O criador do canal no YouTube Invasão HQ, onde trabalha com entretenimento, compartilhando experiências sobre filmes, séries, HQs e livros, relatou também que seu canal teve um crescimento de inscritos durante a pandemia.

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Para disputar novas assinaturas, ou seja, a preferência do público, as plataformas estão produzindo cada vez mais filmes e séries originais. Por consequência disso, estão ocorrendo mudanças significativas no mundo cinematográfico. Produções como ‘Soul’, da Disney+, ‘O som do silêncio’ da Amazon Prime Video, ‘Mank’ e ‘A Voz Suprema do Blues’, entre outros da Netflix, lideraram e venceram algumas das indicações ao Oscar de 2021, uma das maiores premiações do cinema mundial.


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